Revisão de Geografia:
MUDANÇAS SOCIOESPACIAIS NUM MUNDO
GLOBALIZADO
MUDANÇAS NO ESPAÇO
GEOGRÁFICO: FORMAS, FUNÇÕES, FLUXOS E MODOS DE VIDA
Alguns conceitos: cidade/campo, rural/urbano,crescimento
vertical/ horizontal,público/ privado,individual/ coletivo, vila/povoado.
Atividades de lazer dos jovens, construções, redes de
transporte e vias de circulação, atividades de trabalho, tecnologia, funções do
espaço, redes de informação e comunicação, características naturais(clima,
relevo, hidrografia e vegetação – diferença entre mata e floresta).
MEGACIDADES E CIDADES GLOBAIS: NOVAS FORMAS E FUNÇÕES URBANAS NUM
MUNDO GLOBALIZADO
Algumas cidades passaram por grandes transformações num
tempo relativamente curto. O processo de urbanização avançou e formaram-se
cidades com mais de um milhão de habitantes.
Em 2004, aproximadamente 48% da população mundial morava em
grandes aglomerações urbanas. Apesar de existirem diferentes cenários
políticos, econômicos e demográficos, a previsão é de que haja um aumento dessa
porcentagem. Estima-seque em 2030 poderemos ter mais de 5 bilhões de pessoas
morando em grandes cidades.
Muitos estudiosos e cientistas acreditam que a formação de
aglomerações urbanas com elevadas densidades demográficas era um fenômeno
típico e característico dos países desenvolvidos. Pelas informações
apresentadas na tabela anterior podemos notar que essa ideia foi superada. A
partir de um estudo realizado pela ONU, verificou-se que havia grandes
deslocamentos de população para as metrópoles e cidades mundiais, principalmente
nos países subdesenvolvidos. Para termos uma ideia mais precisa, das 16 maiores
metrópoles do mundo, em 2010, 10 estavam situadas em países subdesenvolvidos.
As projeções e estimativas futuras indicam uma multiplicação das grandes cidades nas
áreas mais pobres do planeta, bastante diferente do cenário mundial dos anos
1950, quando apenas 100 aglomerações urbanas tinham mais de um milhão de
habitantes, e a maioria situava-se em países ricos.
Para entender melhor esse processo é necessário fazermos algumas
diferenciações e conhecermos alguns conceitos geográficos. Esses conceitos são:
metrópole, megalópole, cidade global e megacidade.
Metrópole:
é formada por umconjunto de municípios ligados a um município principal. Os
municípios de uma metrópole são bastante integrados, apresentando um conjunto
diversificado de relações ligadas à moradia; ao comércio; às trocas de
informações; aos locais de trabalho, de estudo, de atendimento
médico-hospitalar etc.
Muita gente usa o termo metrópole com o sentido de cidade
grande. Vimos que o termo é usado para uma cidade que tem as seguintes
características:
Expandiu-se tanto que
ajuntou-se às cidades ou municípios vizinhos, ocupando regiões rurais ao redor.
Possui um centro histórico, mais antigo, e vários outros
centros, áreas onde se concentram atividades de comércio, indústria ou
serviços; suas periferias geralmente possuem predomínio de moradias.
Tem vários
municípios, com prefeituras e funcionários próprios.
Apresenta um fluxo intenso de veículos entre esses municípios,
especialmente no começo da manhã e no final da tarde.
Assim, nos entendemos metrópole não apenas como uma grande
cidade, com mais de um milhão de habitantes, mas como todo o espaço integrado
ao seu redor.
Segundo Milton Santos, as
metrópoles são lugares complexos. Nelas se concentram muitos tipos de
atividades. Esta multiplicidade de funções leva à concentração financeira,
cultural e informacional.
Megalópole : corresponde a união e as interações de duas ou mais metrópoles. Ex: Rio de Janeiro e São Paulo.
Megacidade: em
termos populacionais,correspondem às aglomerações urbanas que ultrapassam a
marca de 10 milhões de habitantes.
O surgimento das megacidades é um fenômeno bastante recente
e está associado à rápida urbanização mundial. Nos países subdesenvolvidos, a
crescente urbanização vem ocorrendo principalmente após os anos 1950/1960.
Exemplo:
Londres (Inglaterra)
levou mais de 130 anos para passar de 1 milhão a mais de 8 milhões de
habitantes.
Lagos (Nigéria)
em menos de 60 anos (1950até 2004), passou de 290 mil habitantes a 8milhões e
trezentos mil, e nas estimativas par ao ano de 2015, ela poderá atingir 24
milhões de habitantes.
Além das megacidades serem
definidas pela quantidade habitantes, possuem outras características bem especificas:
-Concentram funções complexas e seletivas, com uma rede
estruturada de serviços avançados (consultorias ,marketing e publicidade,
gerenciamento de sistemas de informação e comunicação, centros de pesquisa e
desenvolvimento de tecnologias avançadas, entre outros);
-Concentram funções produtivas e administrativas interligadas
com diferentes países;Exercem um forte controle das redes de comunicação e
informação, desde a produção quanto à circulação de informações e conhecimentos;
-Concentram a difusão de novas tecnologias tanto nos processo
econômicos como no cotidiano de parte da população.
-Concentram órgãos públicos representativos das diferentes
esferas de poder (embaixadas, órgãos públicos federias, estaduais, municipais).As
áreas de influência dessas megacidades se estendem por diferentes espaços,
interferindo sobre eles, articulando-os, integrando-os, formando redes
que se reproduzem nas escalas geográficas nacionais, internacionais, regionais
e locais. As megacidades também podem promover exclusões, formando espaços
pouco articulados com o processo mais geral.
CONHECENDO MAIS SOBRE
AS MEGACIDADES E CIDADES GLOBAIS
Megacidades e cidades globais são fenômenos recentes. Os
fatores que as caracterizam estão relacionados: às relações e influências que
exercem sobre vastas parcelas do espaço geográfico; ao conjunto de funções
urbanas que desenvolvem; à elevada concentração de atividades altamente
especializadas; à centralidade que exercem em relação à produção, controle, disseminação
e transmissão de informações e ideias; às grandes aglomerações com intensa
circulação terrestre,marítima, fluvial ou aérea.
Toronto, Londres, Nova Iorque, São Paulo,Paris, Moscou,
Tóquio, Buenos Aires figuram entre algumas das principais cidades globais.O que
as torna globais é a forte concentração de sedes de grupos empresariais e
instituições financeiras transnacionais que atuam em muitos países. Nesses
centros são tomadas decisões que interferem e afetam a vida e a organização das
atividades econômicas de milhões de pessoas, num mesmo país ou em diferentes
países.
As cidades globais incorporam um conjunto de inovações
tecnológicas das telecomunicações e da informática. Para que elas se relacionem
e se integrem espacialmente é fundamental que as informações sobre os mercados
de capitais e empresariais possam ser enviadas simultaneamente para várias
localidades do mundo, dependendo assim, de um sistema interligado de
comunicações e informações.
DIFERENTES TIPOS DE DESIGUALDADES NO ESPAÇO MUNDIAL E SEUS EFEITOS
O aumento e o crescimento das cidades na escala mundial
poderia nos passar uma idéia de que as transformações técnicas e espaciais
trariam como reflexo um aumento da riqueza produzida, da força e do poderio
econômico das empresas e instituições nelas localizadas ou mesmo de uma
situação de bem-estar social dos habitantes que nelas residem.
Existem grandes diferenciações e desigualdades, tanto em
relação ao espaço interno das cidades como de um país e entre países.
Desde a década de 1980, novas transformações espaciais estão
em andamento, aceleradas pela globalização. As desigualdades socioespaciais
acentuaram-se e a riqueza econômica gerada mundialmente ficou ainda mais
concentrada que nas épocas anteriores. Portanto, nossos olhares sobre as desigualdades
socioespaciais e sua distribuição no espaço geográfico mundial devem ser
múltiplos e abrangentes.
Eles precisam resgatar valores humanos, a valorização da vida,
a melhoria dos espaços de violência e a expansão da cidadania para todos. Analisando
alguns indicadores socioeconômicos,refletiremos sobre a situação atual da
humanidade nas “ilhas de prosperidade” e nos “oceanos de desigualdade”:
Por meio desse estudo, podemos perceber que em muitos países
e áreas continentais a situação de carência e
exclusão chega a atingir níveis inaceitáveis para o exercício de uma
vida digna com condições básicas satisfatórias para a sobrevivência.
Nos anos 1980 e 1990, isso aconteceu em alguns países
desenvolvidos e na maioria dos subdesenvolvidos.
Nessa época, em grande parte da América Latina, da Ásia e da
África houve um aumento do número de habitantes vivendo em situação de pobreza
ou de miséria absoluta.
Nesse mesmo período, a renda mundial ficou ainda mais
concentrada que nos períodos históricos anteriores.
Como resultado cruel do processo de globalização e das
transformações socioespaciais a ele associadas, estamos vivenciando um intenso
processo de exclusão social.
Para uma parcela crescente da população mundial, a vida
urbana passou a estar associada ao desemprego, à falta de oportunidade para
estudar e se desenvolver plenamente, à expansão de bairros e moradias em
situação bastante precária, à favelização, à expansão de cortiços, à formação
de guetos.

Se retornarmos à ideia de “ilhas”e “oceanos” irão
prevalecer, de acordocom alguns urbanistas, problemas sociais,econômicos,
políticos e também urbanos nos países subdesenvolvidos e países emergentes.Tais
problemas também chegarão aospaíses desenvolvidos de diferentes
formas:violência, intolerância, imigrações, etc.
Ipea: 26 milhões de brasileiros
saíram da pobreza de 2004 e 2009
Segundo a pesquisa, a
desigualdade de distribuição de renda no Brasil diminuiu 5,6% e a renda média
real subiu 28% no período.
Elza Fiúza/Abr Especialistas do Ipea: uma das conclusões do estudo é
que, apesar de abrangente, o Bolsa Família não garante a ascensão social de
seus beneficiados
Brasília - A desigualdade de distribuição de renda no Brasil
diminuiu 5,6% e a renda média real subiu 28% entre 2004 e 2009. Os dados
constam do comunicado Mudanças Recentes na Pobreza Brasileira, divulgado hoje
(15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o documento, o percentual de pessoas com renda
mensal igual ou maior do que um salário mínimo per capita – consideradas não pobres – subiu de 29% para 42%. Isso
significa que o número de pessoas dessa faixa aumentou de 51,3 milhões para
77,9 milhões no período. Na época do levantamento dosdados, o salário mínimo
estava em R$ 465.
Já a camada considerada pobre, classificação que se refere a
famílias com renda per capita, à época, entre R$ 67 e R$ 134, diminuiu de 28
milhões para 18 milhões de pessoas ao longo do período. Os extremamente pobres,
com renda per capita inferior a R$ 67, caíram de 15 milhões para 9 milhões.
“O crescimento da renda e a diminuição das desigualdades
foram bastante significativos", avalia o pesquisador da Diretoria de
Estudos e Políticas Sociais do Ipea Rafael Guerreiro Osório. "O grande estrato
que cresce na população é o de não pobres. É uma diferença de 26 milhões de
pessoas”, completou.
Uma das conclusões destacadas pelo pesquisador é que, apesar
de bastante abrangente, o Programa Bolsa Família não garante a ascensão social
de seus beneficiados. “Embora seja uma cobertura muito abrangente para as
famílias extremamente pobres ou pobres, os valores transferidos pelo programa
são muito baixos. Com isso, nenhuma família sai desses estratos por causa
dessas transferências. Para que isso aconteça, é fundamental que elas tenham
uma outra fonte de renda, ainda que de algum trabalho precário”, destacou
Osório.
Ele acrescentou que um estudo do Ipea mostra que, dobrando o
orçamento do Bolsa Família destinado às pessoas já atendidas, “seria possível
levar a pobreza extrema do país para níveis bem baixos”, podendo inclusive
chegar à meta de erradicar a miséria no Brasil. “Em valores, isso corresponde a
aumentar de R$ 12 bilhões para R$ 26 bilhões o orçamento destinado ao
programa.”
“Cada vez menos a pobreza é determinada pela baixa
remuneração ao trabalho, e cada vez mais é determinada pela desconexão do
trabalho”, acrescentou o pesquisador. Segundo ele, 29% das famílias
extremamente pobres não têm nenhuma conexão com o mercado de trabalho.
Entre os pobres, esse percentual é 10%, o mesmo índice
identificado na população considerada vulnerável. Na camada de não pobres, o
índice cai para 6%. “A explicação para o fato de haver um índice de 6% para
famílias não pobres sem conexão com o mercado de trabalho é a Previdência
Social”, justificou Osório, ao citar benefícios como a aposentadoria.
CONHECENDO OUTRO
ASPECTO DA GLOBALIZAÇÃO: O PODER ECONÔMICO DAS MULTINACIONAIS E DOS BANCOS
Após a II Guerra Mundial, o mundo atravessou um período de
grandes inovações tecnológicas, crescimento urbano e das atividades industriais
e de serviços. Esse processo teve efeitos na vida cotidiana dos indivíduos,
modificando seus costumes e seu trabalho.
Transnacional:
estão em vários continentes.
Multinacional: proprietários
são de diversas nacionalidades.
A situação das multinacionais tem semelhanças e diferenças.
Elas podem atuar em diferentes setores da economia ao mesmo tempo:
Petrobrás: atividade
primária – extração de petróleo, secundária – refino do petróleo, terciária –
comercialização dos subprodutos – postos de gasolina da BR.
FLUXOS DE INVESTIMENTOS,
INFORMAÇÕES E MERCADORIAS: RELAÇÕES COM MULTINACIONAIS E BANCOS
Os grandes beneficiados no processo de globalização foram os
capitais financeiros e as empresas multinacionais.
Eles existem há muito tempo, porém, até a década de 1930,
sua quantidade ainda era limitada. Bancos e multinacionais concentraram- se e
fortaleceram-se a partir do final da II Guerra Mundial.
A multiplicação das redes de computadores, comunicação por
satélite e cabos de fibras óticas também está associada ao desenvolvimento das
multinacionais e do sistema financeiro.
Como suas filiais e sedes estavam espalhadas por diversos
lugares do mundo, existia a necessidade de trocarem informações, dados,
decisões capitais, etc. assim, podemos perceber outro tipo de fluxo que se
intensificou e foi facilitado pelos meios de comunicação no processo de
globalização: fluxos de informações e investimentos.
Os progressos nos sistemas de transporte implicaram maior
velocidade no fluxo de mercadorias.
O fluxo de investimentos, pessoas, informação, mercadoria e
capitais era intenso no inicio do século XXI.
As transnacionais têm um imenso poder de influenciar os
costumes da humanidade:
- por meio de propagandas,
- poder político,
- monopolizando ideia e acontecimentos divulgados pelos
meios de comunicação,
- uso de satélites e webcams para ter controle do que
acontece nos mais diferentes espaços,
- impõem condições aos governos interessados em receber seus
investimentos como isenção de impostos, flexibilização dos direitos
trabalhistas, flexibilização nas leis de proteção ambiental.
O controle dos modos de vida das pessoas, do trabalho e dos
fluxos parece ser uma das características mais preocupantes do mundo
globalizado. Ele está ocorrendo em espaços internos e externos, individuais e
coletivos, públicos e privados.
Outro tipo de controle que as transnacionais, sistema
financeiro, governo exercem é sobre o trabalho. Existe forte pressão para
alterar as leis trabalhistas.
A ORGANIZAÇÃO DOS PAÍSES EM BLOCOS OU REGIÕES
O MERCOSUL, A CHINA E A ECONOMIA GLOBAL
A formação
de blocos econômicos é outra característica importante do mundo globalizado.
Blocos devem
ser entendidos como formas de regionalização ou agrupamentos de países com
objetivos comuns, por exemplo, comerciais, energéticos, financeiros, culturais,
tecnológicos, ambientais, entre outros.
MERCADO COMUM DO SUL – MERCOSUL
Criado em 1991, pelo Tratado de
Assunção, o Mercosul agrupava inicialmente a Argentina, o Brasil, o Paraguai e
o Uruguai.
Esses países tinham como meta o
fortalecimento de suas economias frente ao processo de globalização.
Em quatro anos deveriam estabelecer
uma união aduaneira.
A união dos quatro países em
torno desse objetivo ocorreu devido à crescente interdependência das economias
em escala mundial, a qual estimulava o crescimento do comércio externo, a
circulação de capitais e investimentos, mercadorias, informações e pessoas.
TRATADO DE ASSUNÇÃO
– contrato internacional para a formação de um mercado econômico comum para
livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, bem como para
desenvolver um conjunto de ações de integração, cooperação e desenvolvimento
mútuo entre os países membros.
UNIÃO ADUANEIRA –
criação de um imposto, tarifa ou taxa externa comum para as mercadorias que
circulem através das exportações e importações entre os países membros.
Os fatores políticos e
estratégicos como áreas de influência, distâncias e meios de comunicação e
circulação foram alguns dos critérios para a formação do Mercosul.
Funcionando como mercado
comum, procuravam criar condições para protegerem suas economias das economias
dominantes.
Além das necessidades
comerciais, houve a necessidade de estabelecerem cooperação para o
aproveitamento dos imensos recursos hídricos e energéticos que demarcam suas
fronteiras.
O Aquífero Guarani deu início
ao bloco como o Tratado da Bacia do Prata, em 1969.
Apesar da crise econômica muito
recente, os EUA exerceram e continuam exercendo hegemonia econômica. Suas
transnacionais lideram os investimentos e determinam a formação de grandes
parques industriais nos países subdesenvolvidos → Brasil, México e Argentina.
Existe a tentativa de formação
da ALCA e fim de todos os blocos econômicos da
América.
Ainda é marcante a influência que
um país pode exercer nas trocas comerciais internacionais.
Por que a ALCA é uma ideia ruim para o MERCOSUL ? Porque caso ela seja assinada os países do MERCOSUL aumentaria a dependência deles sobre os Estados Unidos
Quais são os objetivos que a união dos quatro países (traria) ? Aumentaria a lucratividade e mais independência ...
A SITUAÇÃO DO BRASIL NO MERCOSUL
De 1985 a 1999 → exportações
dentro do bloco multiplicaram-se quase por 10 → fase de maior crescimento do
seu comércio.
As importações de insumos pelos
membros do bloco diminuíram muito → proteção às suas economias e criação de uma
resistência ao domínio dos países desenvolvidos.
Os indicadores da produção
econômica do Brasil mostraram a expansão da sua influência econômica sobre os
países vizinhos e a geração de alguns conflitos.
O MERCOSUL E A ECONOMIA GLOBAL: PERCEBENDO ALGUMAS
DIFERENCIAÇÕES NA ESCALA GEOGRÁFICA MUNDIAL
Em 2006, a integração entre os
países do Mercosul encontrava uma série de obstáculos:
•
A tendência de fragmentação, que impediu uma
articulação maior entre os países membros;
•
A dependência financeira e econômica dos
centros do capitalismo mundial
•
As diferenciações internas de desenvolvimento;
•
A instabilidade e as tensões políticas
existentes em vários países membros;as diferenças entre os níveis de vida de
suas populações;
•
A concorrência com mercados produtores da
Ásia, Europa, e, sobretudo, a pressão exercida pelos EUA sobre os países
latino-americanos.
Citando o caso
da África do Sul que realiza trocas comerciais com vários países:
• Mercosul
→ Brasil é o parceiro privilegiado;
• NAFTA→
EUA possui maior destaque.
EXERCÍCIOS – AS MUDANÇAS SOCIOESPACIAIS NUM MUNDO
GLOBALIZADO
1. Muitos estudiosos e cientistas
acreditam que a formação de aglomerações urbanas com elevadas densidades
demográficas era um fenômeno típico e característico dos países desenvolvidos. Explica
por que tal afirmação está errada:
A partir de um estudo realizado pela ONU, verificou-se que
havia grandes deslocamentos de população para as metrópoles e cidades mundiais,
principalmente nos países subdesenvolvidos. Para termos uma ideia mais precisa,
das 16 maiores metrópoles do mundo, em 2010, 10 estavam situadas em países
subdesenvolvidos.
2. Conceitua:
a) Metrópole: é formada por um
conjunto de municípios ligados a um município principal. Os municípios de uma
metrópole são bastante integrados, apresentando um conjunto diversificado de
relações ligadas à moradia; ao comércio; às trocas de informações; aos locais
de trabalho, de estudo, de atendimento médico-hospitalar etc.
b) Megalópole: corresponde à união e as interações de duas ou mais metrópoles.
c) Megacidade: em termos populacionais, correspondem às aglomerações urbanas que
ultrapassam a marca de 10 milhões de habitantes.
d) Cidade Global: cidades globais são fenômenos recentes. Os
fatores que as caracterizam estão relacionados: às relações e influências que
exercem sobre vastas parcelas do espaço geográfico; ao conjunto de funções
urbanas que desenvolvem; à elevada concentração de atividades altamente
especializadas; à centralidade que exercem em relação à produção, controle, disseminação
e transmissão de informações e ideias; às grandes aglomerações com intensa
circulação terrestre, marítima, fluvial ou aérea.
3. Quais são as principais
características de uma metrópole?
·
Expandiu-se
tanto que ajuntou-se às cidades ou municípios vizinhos, ocupando regiões rurais
ao redor.
·
Possui um
centro histórico, mais antigo, e vários outros centros, áreas onde se
concentram atividades de comércio, indústria ou serviços; suas periferias
geralmente possuem predomínio de moradias.
·
Tem vários
municípios, com prefeituras e funcionários próprios.
·
Apresenta
um fluxo intenso de veículos entre esses municípios, especialmente no começo da
manhã e no final da tarde.
4.
Como Milton Santos define uma metrópole? Justifica: Segundo
Milton Santos, as metrópoles são lugares complexos. Nelas se concentram
muitos tipos de atividades. Esta multiplicidade de funções leva à concentração
financeira, cultural e informacional.
5. Quais são as megalópoles
brasileiras? São Paulo e Rio de Janeiro.
6. Quais são as 10 maiores
megalópoles da atualidade?
1.
Tóquio ( Japão )
2. Cidade do México ( México
3. Nova Iorque ( Estados Unidos )
4. São Paulo ( Brasil )
5. Bombaim ( Índia )
6. Nova Déli ( Índia )
7. Xangai ( China )
8. Calcutá ( Índia )
9. Jacarta ( Indonésia )
10. Buenos Aires ( Argentina )
7. Além das megacidades serem definidas pela quantidade habitantes, possuem
outras características bem especificas. Cita-as: O
surgimento das megacidades é um fenômeno bastante recente e está associado à
rápida urbanização mundial. Nos países subdesenvolvidos, a crescente
urbanização vem ocorrendo principalmente após os anos 1950/1960.
·
Concentram a difusão de novas tecnologias tanto nos processo
econômicos como no cotidiano de parte da população.
·
Concentram órgãos públicos representativos das diferentes
esferas de poder (embaixadas, órgãos públicos federias, estaduais, municipais).
·
As áreas de influência dessas megacidades se estendem por
diferentes espaços, interferindo sobre eles, articulando-os, integrando-os,
formando redes que se reproduzem nas escalas geográficas nacionais,
internacionais, regionais e locais. As megacidades também podem promover
exclusões, formando espaços pouco articulados com o processo mais geral.
8. As áreas de influência dessas
megacidades se estendem por diferentes espaços. Quais são as consequências? Elas
interferem nos espaços que se estendem, articulando-os, integrando-os, formando
redes que se reproduzem nas escalas geográficas nacionais,
internacionais, regionais e locais; elas também podem promover
exclusões , formando espaços pouco
articulados com o processo mais
geral.
9. Megacidades e cidades globais são
fenômenos recentes. À que estão
relacionados os fatores que as caracterizam? Megacidades
e cidades globais são fenômenos recentes. Os fatores que as caracterizam estão
relacionados: às relações e influências que exercem sobre vastas parcelas do
espaço geográfico; ao conjunto de funções urbanas que desenvolvem; à elevada
concentração de atividades altamente especializadas; à centralidade que exercem
em relação à produção, controle, disseminação e transmissão de informações e
ideias; às grandes aglomerações com intensa circulação terrestre, marítima,
fluvial ou aérea.
10.
Quais são as principais cidades globais? O que as torna globais? Toronto, Londres, Nova Iorque, São
Paulo, Paris, Moscou, Tóquio, Buenos Aires figuram entre algumas das principais
cidades globais. O que as torna globais é a forte concentração de sedes de
grupos empresariais e instituições financeiras transnacionais que atuam em
muitos países. Nesses centros são tomadas decisões que interferem e afetam a
vida e a organização das atividades econômicas de milhões de pessoas, num mesmo
país ou em diferentes países.
11. Por que nossos olhares sobre as
desigualdades socioespaciais e sua distribuição no espaço geográfico mundial
devem ser múltiplos e abrangentes? As
desigualdades socioespaciais acentuaram-se e a riqueza econômica gerada
mundialmente ficou ainda mais concentrada que nas épocas anteriores. Portanto,
nossos olhares sobre as desigualdades socioespaciais e sua distribuição no
espaço geográfico mundial devem ser múltiplos e abrangentes.
12. O que significam as expressões
“ilhas de prosperidade” e “oceanos de desigualdade”?
Ilhas de prosperidade = São países desenvolvidos, sem muita
pobreza, pessoas com bom salário,...
Oceanos de desigualdade = São países com bastante pobreza, as pessoas não tem moradia, as pessoas morrem de fome.
EX: África.
13. Por que estamos vivenciando um
intenso processo de exclusão social?
Por causa do cruel resultado do processo de
globalização e das transformações socioespaciais a ele associadas, estamos
vivenciando um intenso processo de exclusão social.
14. Observa as informações do mapa e
explica-o:
- Os países aonde as esperanças de
vida são maiores são: Estados Unidos,
Canadá, China,, maioria dos países europeus, Austrália, Alaska, …
-Os países aonde as esperanças de vida são baixas são : O
continente africano é o que possui menores esperança de vida ao nascer, devido
suas baixas condições de vida.
-O Brasil encontra-se numa taxa média de 60 a 70%, assim
como a Rússia, Cazaquistão, Índia.
A esperança de vida
ao nascer varia de acordo com o tipo de investimento que o governo faz com o
país, resultando em melhores ou piores condições de vida.
15. Faze a análise da charge abaixo:
É perguntado na charge, se o mundo vai acabar em 2012, e lhe
respondem falando que se for um mundo de concentração de riquezas, das
desigualdades sociais, vai ser um ótimo fim do mundo.